O ambiente é escuro. O ar
viciado, demonstra pouca ventilação, cheiro de ovo podre, enxofre...
Roberto vai descendo as escadas,
esculpidas na rocha, de uma caverna. Ainda não entendeu o que faz ali, mas sua
9 mm está na sua mão esquerda, o que significa que há perigo. Ao fundo a única
fonte de luz, uma luz bruxuleante, provavelmente de tochas. Ouve-se um rumor,
um cântico ainda indecifrável, porem percebe-se que faz parte de algo maligno...
Um culto.
Ele chega à porta e percebe um
enorme salão, provavelmente duas centenas de pessoas, em volta de um altar.
Essas pessoas não tinham o rosto visível, pois usavam uma capa com capuz. No
centro, um altar. Em pé uma figura alta, o manto era mais trabalhado o que
denotava ser um sacerdote daquele culto. Mas o que mais horrorizou Roberto
estava no altar: uma vitima, pronta para ser sacrificada em nome de alguma
divindade sedenta de sangue. De imediato Roberto foi se aproximando do altar,
lentamente para não chamar a atenção. Mas, há medida que se aproximava o canto
se elevava e foi percebendo que precisava se apressar pois o momento do
holocausto também se aproximava.
Ao finalmente aproximar-se do
altar o sacerdote retirou o capuz, mostrando o rosto pálido, sem pêlos nem cabelos,
os olhos vermelhos fitam diretamente nos olhos de Roberto e uma voz que pareceu
saída das profundezas do Inferno disse:
- Bem vindo, Roberto... Você já
era esperado. Venha para o nosso festim...
Nesse instante dois dos acólitos
se aproximam por trás, desarmando e agarrando Roberto pelos braços. É quando
todo o horror se revela: a vitima que está no altar é Marcia, sua esposa, que
se encontra num transe hipnótico ou narcotizada, no exato momento em que o
sacerdote levanta uma adaga de três laminas, em forma de um tridente e profere
uma frase, em latim:
- Sanguis vitam est!!
Marcia se vira, e percebe Roberto
imobilizado. Tem tempo para um grito:
- Betoooooo!!!!
- Nãããããããooooo!!!!
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